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CTG REALIZA ASSEMBLEIA

Edital de Convocação

Ficam convocados todos os associados do CTG PORTEIRA DO RIO GRANDE, devidamente inscrito no CNPJ sob o n.º 88.675.434/0001-32, para comparecer na sede Social localizada na Rua Firmino Camargo Branco, n.º 790, bairro Carazinho, em Vacaria/RS, para participar de Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada no dia 09/04/2022, às 9 horas, em primeira chamada, ou às 9h30min, em segunda chamada, destinada a tratar sobre alteração do estatuto social da entidade e referendar termo de compromisso e protocolo de intenções a ser firmado com a Associação Rural de Vacaria. Para quaisquer deliberações, observar-se-á na 1ª e 2ª convocação, o “quorum” legal.

 

REINAUGURADO SALÃO DO PORTEIRA

O salão do CTG Porteira do Rio Grande foi reaberto ao público no último sábado (27), após ficar praticamente dois anos fechado durante a pandemia. Neste período foi realizada uma ampla reforma.

A reinauguração, que aconteceu em um jantar dançante animado pelo grupo Os Mateadores, permitiu que os sócios e a comunidade conhecessem as melhorias. Entre as obras realizadas estão a ampliação dos banheiros, troca do assoalho, das janelas e paredes internas, além de ter sido construído um mezanino, reformada a copa, a entrada principal e realizada a pintura interna e externa.

CANCELADO 34º RODEIO INTERNACIONAL DE VACARIA

A patronagem do CTG Porteira do Rio Grande comunica o cancelamento do 34º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, que estava previsto para ocorrer de 29 de janeiro a 06 de fevereiro de 2022.

A decisão foi tomada em respeito à vida dos participantes e da comunidade, tendo em vista à pandemia do Coronavírus (Covid-19) e seguindo as orientações do Ministério da Saúde / dos protocolos de saúde, o qual solicita que se evite situações de aglomeração de pessoas.

“Impossível não haver aglomeração, pois cerca de 30 mil pessoas ficam acampadas durante os dias da nossa festa, sem contar os nossos visitantes e competidores, e não podemos colocar a vida de quem nos prestigia em risco”, afirma o patrão Elvio Guagnini Rossi.

A patronagem do CTG Porteira do Rio Grande espera poder encontrar a todos com saúde no próximo Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria.

03/08/21

A patronagem

PATRÃO ELVIO FALA DOS DESAFIOS PARA 2021

Mais um ano iniciou, o ano que antecede o 34º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria. Para os competidores e visitantes ainda falta muito tempo para a grande festa, porém para a patronagem do CTG Porteira do Rio Grande, organizador do evento, o tempo será curto mediante ao trabalho que vem pela frente.

Hoje conversamos com o patrão Elvio Guagnini Rossi.
– QUAL SUA EXPECTATIVA PARA O ANO DE 2021?
Temos um grande desafio pela frente, a realização do 34º Rodeio. Como surgiram vários projetos na edição anterior, isso cria muita expectativa, assim, precisamos manter o nível do 33º Rodeio e sempre melhorar alguma coisa. Posso citar o exemplo do Deck construído na entrada do Parque, nós já estamos pensando qual a forma de ter um local tão bonito e aconchegante como aquele. Além de outros projetos.

– PODE CITAR ALGUM PROJETO?
Teremos na próxima edição algumas modificações, uma delas é a administração dos bailes. Nós pretendemos fazer parceria, mas queremos ter o poder de decisão, principalmente na contratação dos conjuntos, pois desejamos retomar os bailes gaúchos, como eram uma vez.

– QUAIS AS AÇÕES QUE VOCÊS JÁ ESTÃO REALIZANDO?
A evolução do rodeio é constante, o número de participantes sempre aumenta e as necessidades do parque são muito grandes. Já estamos trabalhando na infraestrutura desde o final do rodeio passado, de maneira um pouco diferente, devido à pandemia, mas a organização não para. Nesse início de ano já mantivemos o contato com alguns fornecedores e patrocinadores para firmar novamente a parceria. Estamos trabalhando também com a parte de energia e rede hidráulica do parque.

– AS PESSOAS JÁ ESTÃO BUSCANDO INFORMAÇÕES SOBRE O RODEIO?
Por incrível que pareça logo que termina uma edição as pessoas já nos procuram para tentar garantir um terreno para acampamento ou um espaço comercial. Há ainda aqueles que pretendem saber sobre as provas artísticas e campeiras. Praticamente todos os dias recebemos pedidos de informações, principalmente de pessoas que nunca vieram ao Rodeio e têm imensa vontade de nos visitar. Isso é muito bom, mas também mostra o tamanho da nossa responsabilidade.

– QUAL O PRINCIPAL DESAFIO PARA A REALIZAÇÃO DO RODEIO ATÉ O MOMENTO?
Nós precisamos nos concentrar no trabalho, pois o rodeio é muito grande e estamos passando por uma pandemia. É uma festa difícil de organizar, afinal envolve muita gente, muito dinheiro, por isso é necessário manter a equipe unida. Quando falo em equipe, falo da patronagem, fornecedores, patrocinadores e poder público. Precisamos manter o foco e fazer com que as coisas aconteçam, mesmo que de uma maneira mais lenta, para que possamos realizar com êxito o 34º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria.

– A SEDE SOCIAL ESTÁ PASSANDO POR REFORMAS. COMO ESTÃO AS OBRAS?
Resolvemos investir na infratestrutura da nossa sede social, porque costumeiramente o CTG é um investidor apenas no Parque dos Rodeios. Nós iniciamos com um projeto pequeno, quer era a troca do assoalho, mas hoje praticamente todo o salão está sendo reformado. Houve também a substituição das paredes internas, ampliação dos banheiros e construção de um mezanino. Nesta semana começou a limpeza do entorno do salão para que se iniciem as calçadas e estamos instalando o terceiro portão, a fim de que possamos fechar o pátio.

– A SECRETARIA TAMBÉM ESTÁ PASSANDO POR MELHORIAS?
Sim. Decidimos reformar a churrascaria e a secretaria, principalmente pela questão de segurança, como é o caso da rede elétrica. Trocamos as janelas e o forro, além da pintura interna. Pretendemos também substituir o piso da churrascaria.

– QUAL A PREVISÃO PARA A CONCLUSÃO DAS REFORMAS?
Estamos muito dependentes da entrega de materiais. Alguns deles, como os mármores e portas de alumínio, devem ser entregues até o final deste mês. Eu acredito que até o final de fevereiro estaremos com o salão pronto.

– QUE RECADO O SENHOR DEIXA PARA OS ASSOCIADOS E A COMUNIDADE EM GERAL PARA ESTE ANO QUE INICIA?
Gostaria de transmitir uma mensagem de otimismo e responsabilidade. Mesmo enfrentando todo esse problema pelo qual o mundo está passando, se cada um fizer a sua parte, cada um cuidar de si mesmo e do próximo, tudo vai se resolver, e espero que em curto prazo.

Crédito da foto: Esthudio F18

PATRONAGEM TOMA POSSE PARA O PRÓXIMO BIÊNIO


O CTG Porteira do Rio Grande realizou na manhã do último sábado (28), a Assembleia Geral Ordinária para eleição da patronagem e conselho fiscal, bem como a prestação de contas. A patronagem, liderada por Elvio Guagnini Rossi, estará à frente da entidade pelos próximos dois anos.

Com a presença de alguns sócios, a Assembleia ocorreu de forma tranquila, sendo tomadas todas as medidas sanitárias vigentes para a prevenção do COVID-19, como informa o patrão Elvio. Na ocasião também foi apresentada a prestação de contas do biênio 2018/2020. Conforme Elvio, os números mostram que o CTG é autossustentável, devido às promoções e aluguéis da sede.

Em seu discurso, Elvio falou das melhorias que estão sendo realizadas no salão principal e das previsões de reformas para o Parque Nicanor Kramer da Luz, local onde é realizado o Rodeio Internacional. “Precisamos preservar nosso patrimônio”, comenta. Ele explica que as obras no parque estão previstas para iniciarem nos próximos dias, com parte da cobertura das arquibancadas e corredor dos laçadores.

Conforme Elvio, são muitos os desafios que a entidade terá pela frente, inclusive na realização do 34º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria. “Estamos passando por uma pandemia, não sabemos o que virá pela frente”, afirma. E complementa: “O que me tranquiliza é certeza que temos uma equipe que se dedica e contamos com o apoio da comunidade”.

A nova patronagem e conselho fiscal tomaram posse ainda na noite de sábado, com a presença da coordenadora da 8ª Região Tradicionalista, Lauri Brandão de Almeida.

PATRONAGEM
PATRÃO
Elvio Gianeto Guagnini Rossi e Elisiane Rech Rossi

CAPATAZ
Ruben Antônio Santos Filho e Betina Rech

SOTA CAPATAZ
Evandro Alves Maciel e Monica Lisboa Finger

PRIMEIRO TESOUREIRO
Igor Coelho Venson e Cleomar Lima Venson

SEGUNDO TESOUREIRO
Paulo Leonardo Machado e Aline Almeida Castilhos

PRIMEIRO SECRETÁRIO
Luís César Lisbôa e Valdirene Rech Lisboa

SEGUNDO SECRETÁRIO
Claiton de Freitas Carneiro e Viviane Rech Carneiro

PATRÃO DA CAMPEIRA
Jeferson Araldi de Camargo e Taíse Conte de Camargo

PATRÃO DA ARTÍSTICA
José Ivandel Lima Junior e Fabiana Duarte Lima

CONSELHO DE VAQUEANOS
Alberto Carlos Paganella
Demoncel Duarte Stumpf
Gilseu Pereira da Silva
Ironita de Lord Bueno Guerreiro (In Memorian)
Jair Maciel Lisboa
Luis Alfredo Horn Junior
Luiz Carlos Bossle da Costa
Mara Valmorbida Barcelos
Paulo Ricardo Ossani

CONSELHO DE VAQUEANOS
Alberto Carlos Paganella
Demoncel Duarte Stumpf
Gilseu Pereira da Silva
Ironita de Lord Bueno Guerreiro (In Memorian)
Jair Maciel Lisboa
Luis Alfredo Horn Junior
Luiz Carlos Bossle da Costa
Mara Valmorbida Barcelos
Paulo Ricardo Ossani

MÚSICOS DO PORTEIRA CONTAM SUAS HISTÓRIAS

No dia 22 de novembro, é comemorado o dia do músico e por esta ocasião o CTG Porteira do Rio Grande quer prestar uma homenagem a todos os talentos que abrilhantam nossos eventos e acompanham o Departamento Artístico. Para isso, conversamos com os integrantes do nosso musical: Alan dos Reis Zotti, Carlos Ariel Debona, Cassiano Paim, Ederson de Lima Gerlach e Everton Cristiano Hoffmann

CASSIANO PAIM

Cassiano Paim, o cantor do musical do CTG Porteira do Rio Grande é um dos mais experientes do grupo. Ele integra a equipe há praticamente 25 anos, com alguns afastamentos devido a sua mudança de cidade e ao trabalho.

Quando e como iniciou sua carreira musical?
A música, na minha vida, começou aos quatro anos, quando eu ganhei uma gaitinha do meu pai, que eu tenho até hoje, e fui fazer aula. Mas não tive muito sucesso, acho que era muito novo. Depois fui estudar piano, pois eu queria cantar e tocar violão, e assim teria contato com a música. Com mais ou menos oito anos, eu, juntamente com o Edinho (que também integra o musical), formamos a nosso primeiro dueto, no Colégio São José, onde cantávamos música sertaneja. Começamos naquele tempo e cantamos juntos até hoje.

Como surgiu este grupo?
Somos um grupo de amigos que toca no CTG Porteira do Rio Grande. Nós conseguimos formatar um conjunto que já tocava lá pelo ano de 2000, mas infelizmente com a ausência do falecido Clodomiro Hoffmann. É um conjunto que faz leitura das canções e músicas de invernada com as características próprias da região. Tudo o que fizemos é em grupo. Nosso trabalho não é melhor e nem pior do que ninguém, é diferente, e agradeço a patronagem e aos instrutores para confiar na gente.

Você tem uma carreira musical com o Poetas e Boêmios. O que lhe leva a dedicar parte do seu tempo ao musical do Porteira?
Pertencer a uma banda de música popular não interferiu na possibilidade de tocar o folclore, porque faz parte da minha essência toda essa dedicação ao Movimento Tradicionalista Gaúcho. A minha dedicação ao Porteira é sem dúvida relacionada com o afeto que eu tenho desde pequeno por esta entidade e as coisas da nossa terra, de Vacaria. Tenho orgulho de tudo isso.

O que a música gaúcha representa para você?
A música gaúcha faz parte da minha origem musical, desde o tempo que eu dançava nas invernadas. Ela me levou para muito longe, dando a possibilidade de conhecer outras culturas e países, tocando o nosso folclore.

Que sentimentos você tem ao ver as invernadas dançando enquanto você canta?
É indescritível o sentimento. Nós recebemos a energia do palco através da dança e sentimos a vibração de quem está assistindo. É uma comunhão de sentimentos, principalmente quando vemos as crianças, que representam uma ponte para que a cultura não se perca.

CARLOS ARIEL DEBONA

O violonista Carlos Ariel Debona concilia a vida de agricultor com a de músico.

Você teve alguma influência na música?
Iniciei por influência do meu avô modesto Debona, que tocava violão e me ensinou os primeiros acordes.

Como foi seu contato com o CTG Porteira do Rio Grande, visto que você mora em Lagoa Vermelha?
Meu contato com o CTG começou através de um amigo, o Everton Hoffmann, que já havíamos tocado junto. Um dia me ligou pedindo se eu não gostaria de fazer parte do musical e eu aceitei.

Há alguém na música gaúcha que lhe inspire?
Sempre me inspirei no Marcelo Caminha, desde pequeno. Já tocamos juntos algumas vezes e nos tornamos grandes amigos.

Qual o papel que o músico tem na sociedade?
A missão de um músico é trazer alegria, união e levar amor ao coração das pessoas.
A música está em todo lugar, a todo tempo, por isso creio que somos iluminados por ter a música na alma e tocar o coração das pessoas através dela.

ALAN DOS REIS ZOTTI

O gaiteiro Alan dos Reis Zotti, além de integrar o musical, participa dos concursos de gaita, inclusive sendo bi-campeão do Rodeio Internacional de Vacaria. Ele diz que o amor pela família e amigos é o principal motivo de fazer parte dessa família chamada CTG, não só o Porteira mas todos os CTGs, e acredita que é isso que faz a roda girar.

Qual foi seu primeiro contato com a música?
Na minha família o único musicista é um tio casado com a irmã da minha mãe. Eu comecei com sete anos, quando aprendi as primeiras notas sozinho e o “parabéns pra você”. Como esse meu tio tocava, me deu as primeiras dicas, porque até então não sabia nem que nota eu estava tocando e que existia nota. Com oito anos meu pai me colocou na primeira aula de gaita com o professor Lauvir Siqueira, que foi meu mestre, amigo e conselheiro até meus 14, 15 anos.

Como você ingressou no tradicionalismo?
Quando tinha nove anos fui para o Querência de São Pedro, que logo virou Brinquedo de Amigos, onde eu só participava de concurso de gaita. Comecei a me envolver mais com danças e concursos no Grupo de Cultura Gaúchos de 35, onde tio Hélio Corrêa me deu as primeiras aulas de dança e nas pausas eu “roubava” a gaita dele pra tocar um maçanico, um pezinho. E aos poucos fui aprendendo e me envolvendo com CTGs, me convidavam para tocar um rodeio aqui, outro ali, até que surgiu uma oportunidade de tocar fixo no Porteira, onde estou há 15 anos tocando nos concursos de gaita e faço parte do musical. Conquistei muitos títulos por esse CTG que eu amo tanto, entre eles bi-campeão do Rodeio Internacional da Vacaria.

Além de integrar o musical, você também participa de concursos em rodeios. O sentimento é o mesmo?
O concurso de gaita dá um frio na barriga, uma adrenalina boa, uma sensação única de energia. Você se sente realizado de poder tocar uma música boa, parece que alimenta a alma.
Já nas danças nós temos uma responsabilidade imensa, porque envolve muita gente, não podemos errar, é muita concentração.

O que você tem a dizer para as crianças que iniciam na gaita?
O recado para as crianças e jovens que queiram aprender, ou que já sabem um pouco, é nunca desistir se for o sonhos deles, porque é um caminho maravilhoso, com muita amizade e carinho. Também pode ser uma “baita” profissão, desde que esteja com pessoas certas e leve a sério, se dedicando ao máximo, com humildade, e nunca parar de aprender. Busquem professores que vão lhe ajudar a desenvolver a música para saber o que está tocando, que nota é, que harmonia é.

EVERTON CRISTIANO HOFFMANN

O outro gaiteiro, que também toca baixo e violão, é Everton, que herdou o talento do pai Clodomiro. Ele, proprietário de uma empresa de peças e assessórios para caminhão, dedica parte de seu tempo também ao tradicionalismo.

Você ainda era criança quando iniciou na música?
Eu acredito que eu iniciei na música antes mesmo de caminhar, influenciado dentro de casa pelo meu pai Clodomiro, que tinha conjunto, e meu irmão Edson, que também é músico. Desde muito pequeno eu já tinha instrumentos musicais.

E seu contato com o CTG como e quando começou?
Aos oito anos tive meu primeiro contato com o CTG, quando comecei como o gaiteiro das invernadas da escolinha. Na época, a coordenadora era a dona Luisa Brem Amarante, que me buscava em casa e me levava com minha “gaitinha” para tocar para as crianças. A partir disso, eu peguei gosto e resolvi dançar também.

Seu pai era o gaiteiro das invernadas principais. Que recordação você tem daquela época?
É uma época que eu tenho muita saudade. Recordo dele tocando, sempre rodeado de amigos, também tenho ótimas lembranças das nossa viagens, tomando chimarrão e contando histórias. Sem dúvida, foi a pessoa em que me inspirei, queria ser como ele, gaiteiro e tocar para as invernadas.

O que representa para você estar no lugar que um dia seu pai ocupou no musical do Porteira.
Tenho uma sensação muito boa de ficar no “lugar” que foi do meu pai. Isso me traz muita alegria e nostalgia, e graças a Deus as pessoas também me querem bem como queriam a ele. Meu pai deixou um grande legado no tradicionalismo, e para qualquer lugar que eu vá as pessoas lembram dele e contam histórias. Era uma pessoas de muita relevância no meio das invernadas, ele era muito autêntico e todos os gaiteiros usavam o Tio Clodo como referência. Ele deve ter “ido” com a certeza que o seu dever foi cumprido.

EDERSON DE LIMA GERLACH

Ederson, que toca guitarron, teve seu ingresso no tradicionalismo em Esmeralda, através da dança. Na música, foi convidado, junto com Cassiano, a tocar no CTG que a Universidade de Caxias do Sul possuía e após ingressou no CTG Porteira do Rio Grande, a convite de Luiz Bandeira.

Como e quando você começou na música?
Eu iniciei na música por influência do meu pai e do meu irmão, que me deram um “violãozinho” quando eu tinha sete anos. Por volta dos 10 anos eu conheci o Cassiano Paim no colégio e desde então fazemos música juntos.

A música lhe ajuda a levar a vida de uma forma mais leve, tendo em vista sua profissão?
Eu sou inspetor de polícia, uma profissão bem pesada, afinal vejo cenas complicadas quase todos os dias, e a música serve como um relaxamento.

O que música representa para você?
Para mim, a música é um lazer, relaxamento e amor, não uma obrigação, ela proporciona eu estar envolvido com os amigos, nos lugares que gosto.

Há alguém na música gaúcha que lhe inspire?
José Claudio Machado, Luiz Marenco e Luiz Carlos Borges são pessoas que sempre ouvi e gosto muito.

UM POUCO DA HISTÓRIA DA CONSTRUÇÃO DA SEDE DO CTG

No ano de 1955, sob o comando de Dorival Guazzeli, surgiu o estudo da possibilidade de se adquirir um terreno próprio para a edificação da futura sede do CTG Porteira do Rio Grande. Esta informação consta na Ata nº 03, da Assembleia Extraordinária, realizada no dia 13 de outubro de 1955, no salão de festas do Clube do Comércio de Vacaria.

A comissão da época era composta por Luiz Gualdi, Antônio Paim de Andrade Filho, Fidelcino Zanotto Lemos, Dr. Leandro Pôrto da Silveira, João Moreira Duarte e engenheiro João Viterbo de Oliveira. Os mesmos decidiram que a compra do terreno deveria ser precedida de concorrência pública, mediante publicação de edital, devendo os interessados apresentar proposta por escrito à Diretoria.

Como consta na Ata nº 17, de 04 de outubro de 1958, sob a presidência de Getúlio Marcantônio, em uma Assembleia Geral, com a presença da diretoria e sócios do CTG, foi estudado o planejamento da construção da sede própria, ficando deliberado que na parte térrea as paredes fossem construídas de tijolos, para maior segurança da construção. Naquele mesmo dia, foi aprovada a campanha dos “3 mil cruzeiros” para angariar fundos junto aos sócios e “as pessoas de boa vontade” para imediato início da construção da sede. Conforme a campanha, quem fizesse a doação do referido valor seria considerado sócio remido.

Muitas mudanças de planos ocorreram de lá para cá. Diversos patrões, com suas equipes, batalharam para que o sonho de se ter uma sede para receber seus associados e comunidade se tornasse realidade. E passados 65 anos, a patronagem de Elvio Guagnini Rossi está realizando uma das maiores reformas pelas quais o salão do CTG passou.

Além do assoalho, que foi todo retirado, permanecendo de madeira apenas a pista de dança, foram ampliados os banheiros, trocadas as janelas e as paredes internas, construído um mezanino e reformada a copa e a entrada principal. De acordo com o patrão Elvio, o salão será pintado e também haverá a colocação de portões de acesso na parte externa e construída a calçada. “Em breve entregaremos aos nossos associados uma bela sede, com toda a estrutura necessária para bem recebê-los, assim como era o desejo daqueles homens que idealizaram um projeto há 65 anos”, afirma Elvio.

A obra é realizada pela empresa SS Construtora e por Carlinhos Kuse e Ricardo Kuse, tendo como responsável o arquiteto Tiaraju Martins.

RODEIO DE VACARIA SERÁ INCLUÍDO CALENDÁRIO OFICIAL DE EVENTOS DO RS

Com 50 votos favoráveis, a Assembleia Legislativa aprovou na última quarta-feira (30), o Projeto de lei do deputado Paparico Bacchi (PL), que inclui o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria no Calendário Oficial de Eventos do Estado.

“O Rodeio Crioulo Internacional projeta Vacaria e o Rio Grande do Sul para o mundo”. A afirmação é do deputado Paparico Bacchi (PL), autor do Projeto de Lei nº 479/2019, que inclui uma das maiores festas campeiras da América Latina no Calendário Oficial de Eventos.

MAIOR FESTA TRADICIONALISTA DA AMÉRICA LATINA
Historiador, vice-presidente da Comissão Especial da Cadeia Produtiva da Música e da Cultura Gaúcha, Paparico Bacchi destaca que a relevância do rodeio é incontestável. De acordo com o parlamentar, diversos elementos tornam o Rodeio de Vacaria um dos maiores espetáculos da Terra, fortalece a economia e valoriza a cultura regional.

“Esta é, sem dúvida, a maior festa tradicionalista da América Latina e que conta com a presença de milhares de turistas, tradicionalista ou não, a cada dois anos. Este evento é considerado como a ‘Copa do Mundo dos Rodeios’ e a 34ª edição merece estar no calendário oficial de eventos do nosso Estado”, reitera o autor da proposição.

SOBRE O RODEIO CRIOULO INTERNACIONAL
O Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria foi criado no ano de 1958 em comemoração ao terceiro aniversário do CTG Porteira do Rio Grande. Mais de 300 mil pessoas são aguardadas na 34ª edição, marcada para ocorrer entre os dias 29 de janeiro e 6 de fevereiro de 2022. Toda a programação é realizada no Parque de Exposições Nicanor Kramer da Luz, conhecido como o “Parque da Ferradura”, local por onde desfilam nomes expressivos da cultura regional e os chamados “grandes campeões de Vacaria”.

VALORIZAÇÃO E RECONHECIMENTO
O patrão Elvio Guagnini Rossi, afirma que “a aprovação do projeto de lei orgulha toda a patronagem no ano em que o CTG Porteira do Rio Grande completa 65 anos de fundação”. O líder tradicionalista reitera que ao colocar o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria no Calendário Oficial e Eventos do RS o parlamento gaúcho reconhece a importância de todos os centros de tradição que trabalham pela tradição, cultura e costumes do Rio Grande do Sul.

Texto: Antonio Grzybowski

SÓCIOS TERÃO DESCONTO NA ANUIDADE

A patronagem do CTG Porteira do Rio Grande informa que será concedido um desconto de 50% no valor das mensalidades de 2020 para aos seus associados. Esse desconto é válido para a anuidade paga até o dia 20 de novembro de 2020.

Conforme o patrão Elvio Guagnini Rossi, esta foi a maneira que o CTG Porteira do Rio Grande entendeu de poder ajudar todos os sócios de forma igualitária nesta época de pandemia.

As mensalidades podem ser pagas diretamente na secretaria da entidade. Com o desconto, o valor da anuidade é de R$ 140.

PORTEIRA FAZ DOAÇÃO À LIGA FEMININA DE COMBATE AO CÂNCER

Para celebrar os 65 anos do CTG Porteira do Rio Grande, a entidade realizou no dia 26 de julho, uma live comemorativa. O evento contou com a participação de vários artistas, entre eles Cesar Oliveira e Rogério Melo.
Na ocasião foi realizado um leilão, com toda a renda destinada à Liga Feminina de Combate ao Câncer de Vacaria.

Além do leilão, a comunidade também pode colaborar com doações realizadas através de um QR Code e houve ainda o apoio de algumas empresas do município.

Nesta quinta-feira (06/08), a patronagem entregou o valor de R$ 9.423,62 a presidente da Liga, Maria Roseli Guedes Zoldan.

“O aniversário é do CTG, mas o presente somos nós que queremos dar a esta entidade que tanto faz pela saúde e bem estar de quem é acometido pelo câncer”, comenta Elvio. E complementa: “O trabalho voluntário dessas mulheres leva fé e esperança às pessoas portadoras desta doença”.

Ao receber o cheque, Maria Roseli agradeceu em nome de todos os pacientes da Liga. Conforme ela, grande parte do valor será destinado ao pagamento de medicamentos.